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10 de março de 2025
BIOESTIMULADORES E EXOSSOMOS E SEU POTENCIAL DE REGENERAÇÃO NO PROCESSO DO ENVELHECIMENTO

Juliana Martins Ferreira, Phd.
O envelhecimento da face é caracterizado por mudanças progressivas no volume, formato e textura de todas as camadas da pele. Técnicas minimamente invasivas têm se tornado cada vez mais populares, pois oferecem recuperação mais rápida, não deixam cicatrizes aparentes e permitem ajustes caso os resultados não atinjam as expectativas desejadas.
O objetivo deste artigo é apresentar os bioestimuladores e exosssomos que estão em destaque atualmente por sua eficácia no tratamento do envelhecimento facial.
A introdução dos bioestimuladores de colágeno marcou o início de uma nova fase nos tratamentos de rejuvenescimento facial, proporcionando uma opção não cirúrgica para combater a perda de volume, a flacidez da pele e os sinais do envelhecimento. Diferentemente dos preenchimentos dérmicos tradicionais, que atuam principalmente preenchendo rugas para restaurar o volume, os bioestimuladores de colágeno promovem uma resposta biológica que estimula a produção de colágeno, resultando na regeneração progressiva dos tecidos e no restabelecimento do volume de forma gradual.
Substâncias bioestimuladoras, como o ácido poli-L-láctico (PLLA), a hidroxiapatita de cálcio (CaHA) e a policaprolactona (PCL), têm se destacado por sua capacidade de estimular a produção de colágeno, contribuindo para a melhora da textura, da elasticidade e do volume da pele. A associação desses compostos com outras terapias, como o uso de exossomos, pode potencializar os resultados estéticos, oferecendo benefícios mais significativos e abrangentes.
Os exossomos são vesículas extracelulares liberadas por diversos tipos de células, contendo proteínas, lipídios e ácidos nucleicos, como RNA não codificante, mRNA e DNA. Eles atuam na comunicação intercelular, transferindo moléculas que modulam as funções das células receptoras.
Essas vesículas estão envolvidas em processos associados ao envelhecimento, como estresse oxidativo, inflamação e senescência. Estudos in vitro e pré-clínicos destacam o potencial antienvelhecimento dos exossomos, especialmente os derivados de células-tronco, que podem promover a regeneração e o rejuvenescimento da pele. Entre seus mecanismos de ação estão a redução da expressão de metaloproteinases (MMPs), o estímulo à produção de colágeno e elastina, e a modulação de vias de sinalização intracelular, contribuindo para a restauração da função fisiológica da pele.
Os tratamentos com os bioestimuladores e os exossomosrepresentam uma evolução significativa no campo da estética, oferecendo resultados mais naturais e duradouros, com menor tempo de recuperação e riscos reduzidos em comparação a procedimentos cirúrgicos. A sinergia entre bioestimuladores e exossomos abre novas perspectivas para tratamentos personalizados e eficazes, capazes de atender às demandas específicas de cada paciente. Portanto, a combinação desses produtos não apenas amplia as opções terapêuticas, mas também reforça o potencial da medicina regenerativa no combate aos sinais do envelhecimento facial.
Juliana Martins Ferreira, Phd.
Enfermeira pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Pós-doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina.
Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina.
Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina.
Especialista em Gestão em Saúde pelo Hospital Israelista Albert Einstein, São Paulo.
Especialista em Estética Avançada.
Residência em Estética pela Must University.