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PUBLICAÇÕES

30 de setembro de 2025

Fotoproteção de Nova Geração: da Barreira Física ao Reparo Celular

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Dra. Juliana Martins Ferreira

A fotoproteção é reconhecida como uma das principais estratégias na prevenção do câncer de pele, do fotoenvelhecimento e de distúrbios pigmentares como o melasma. Evidências científicas mostram que o uso regular de protetor solar reduz significativamente a incidência de lesões malignas e não malignas, além de preservar a saúde e a estética cutânea. Nos últimos anos, houve avanços expressivos nas formulações de protetores solares, que deixaram de atuar apenas como barreira física ou química contra os raios UV. Hoje falamos em uma fotoproteção ampliada e multifuncional, que abrange a radiação ultravioleta, a luz visível e o infravermelho, associando antioxidantes e tecnologias capazes de neutralizar os radicais livres induzidos pela radiação.


O desenvolvimento de texturas ultraleves – géis aquosos, fluidos oil-free e brumas – representa um marco importante, pois melhora a aceitação cosmética e favorece a adesão ao uso diário. Da mesma forma, os protetores com cor ganharam destaque, não apenas pelo efeito estético, mas por ampliarem a proteção contra a luz visível, sendo especialmente indicados para indivíduos com melasma e outras condições pigmentares.


Outro avanço relevante é a inclusão de ativos reparadores e anti-idade. Enzimas como a fotoliase e a T4 endonuclease V, encapsuladas em lipossomas, auxiliam no reparo de danos moleculares no DNA induzidos pela radiação UV. Além disso, ingredientes como niacinamida, ácido hialurônico e antioxidantes agregam benefícios no combate ao envelhecimento precoce e na proteção imunológica da pele.


A inovação também se reflete nos novos formatos, como pós minerais em pincel, bastões localizados e sprays transparentes, que facilitam a reaplicação e contribuem para manter a proteção ao longo do dia. Tais alternativas aumentam a adesão, especialmente em contextos urbanos e entre pessoas que utilizam maquiagem.


Para a enfermagem dermatológica e estética, essas transformações têm impacto direto na prática profissional. O enfermeiro esteta deve atualizar-se constantemente, compreender as novas tecnologias, orientar sobre a escolha adequada de produtos, ensinar a aplicação correta e desmistificar crenças que ainda limitam o uso consistente do protetor solar.


Conclui-se que a fotoproteção atual vai além da prevenção: trata-se de uma abordagem ativa, personalizada e tecnológica, que protege, repara e contribui para a saúde integral da pele. Incorporar esses conhecimentos à prática da enfermagem estética fortalece o papel do profissional como educador em saúde e promotor de qualidade de vida.

Dra. Juliana Martins Ferreira

  • Enfermeira

  • Pós-Doutora em Enfermagem

  • Doutora em Enfermagem

  • Mestrado em Enfermagem

  • Especialista em Estética Avançada; Gestão em Saúde; Gestão da qualidade e Segurança do Paciente;

  • Centro Cirúrgico e CME; Urgência e Emergência; e Auditória em Contas Médicas e Hospitalares

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